23 de dezembro de 2010

Eu ainda não aceitei, ainda não estou pronta. Não quero pegar todas as provas e colocá-las em um saco plástico, e guardá-las no fundo do armário.Não estou pronta para guardar os rostos na memória, e a amizade no coração.
Eu quero mais, quero muito mais.
Quero muito mais aquelas manhãs com pessoas que me alegravam, por mais triste e infeliz que eu estava, quero mais aquelas pessoas que acabei conhecendo só nessa reta final, quero viver mais intensamente, quero aproveitar o que acabei perdendo. Eu quero mais, e mais.
Mas é o fim. É o fim desses três anos que se passam como um flash pelos meus olhos, e que olho com orgulho para dizer que sim, valeu a pena cada momento.
Aquela escola com um clima de clube.
Eu quero escrever sobre ela, e sobre tudo o que ela me fez passar, mas não quero pensar que acabou... Então, vou deixar as palavras saírem soltas por ai quando a saudade for tanta que vou ter vontade de explodir.
Mas na realidade, minha ETECAP, não há palavras que consigam descrever o que você me proporcionou.

14 de dezembro de 2010

Meu pensamento está sempre focado nesse pensamento, sempre o mesmo que não deixa o meu sorriso ser tão sincero, que tira o oxigênio ao meu redor, que faz essas coisinhas molhadas e salgadas caírem sobre meu rosto, que tira minha criatividade, que me esconde os sentimentos bons , que faz eu esquecer de viver, que me tira a vontade de dormir, que me da ânsia, que me faz ficar aqui, sentada no mesmo lugar, apenas imaginando coisas que não vão me levar a lugar nenhum, se não ao desespero e ao coração (mais) machucado.
Eu estou muito casada dessa coisa continuar a fazer isso comigo a cada dia que o sol se põe e a lua brilha no céu.
Quero voltar a sorrir como sorria, quero voltar a ter uma felicidade completa, a escrever um texto inútil do nada, a sonhar coisas bizarras. Quero saber pegar esse sentimento, grampea-lo com esses pensamentos, amassa-los, tritura-los, jogar na água e vê-los derreter.
Mas parece que não importa o que eu faça, é mais forte. Eles só me enganam, achando que agora está tudo bem, que passou e que pode acontecer qualquer coisa, continuarei assim.
Não! Chega. Parem, saiam daqui!
Meu coração, minha mente, meu corpo, meu espírito não aguentam mais ter que aguentar tudo isso, tudo isso que é sempre pelo mesmo motivo.
Por que sou fraca assim? Porque simplesmente não consigo olhar para a frente, seguir em frente, ignorar, sorrir, ser feliz como nunca? Por que a vida não tem sentido? Por que me sinto presa?
Por favor, não há mais o que destruir aqui. Vão embora.

12 de dezembro de 2010

Por mais que eu reclame, chore, grite, necessite de um pouco mais de você, eu gosto da gente assim.
É, se eu parar para pensar, com a cabeça no lugar, sem ninguém pra atrapalhar, gosto do jeito que a gente é. Então, por que eu não dou valor pra essa nossa amizade ao invés de ficar cobrando as coisas de você, ao invés de ficar magoada com alguma coisa que você faz?
Menina, acorde para a vida, pare essas coisas, já era tempo!
Você sabe que você esta bem com isso desse jeito. Claro, nem tudo está perfeito, não é como você gostaria que fosse, tem aquelas coisas que machucam, tem essa sentimento que te tortura, mas por favor, aprenda a ignorá-lo. Me ouça, estou lúcida e sei o que escrevo agora. Pare. Deixe. Finja que ai dentro não mora nada além de um carinho, e só. Se acostume com a ideia de outras no seu lugar, se adapte a essa sua nova vida. Siga em frente, com a cabeça erguida, e não deixe mais isso te abalar, não permita que o seu coração diga "não dá, eu preciso". Não é fácil, mas ninguém disse que seria. O caminho mais fácil, nem sempre é melhor que o da dor.

"Dê uma chance pra vida te mostrar um jeito menos doloroso de se despedir."

11 de dezembro de 2010

O que eu quero, é tirar esse sentimento daqui de dentro. Quero arranca-lo fora, pisar e rir dele. Era tão bom, mas hoje só me machuca e me faz mal. Hoje, o que eu menos quero, é continuar com isso.
Ter que aprender a destruir sozinha uma coisa que você me ajudou (e muito) e construir aqui, é muito mais difícil.
Essa tortura de tododia ja esgotou sua cota. É bom sermos assim como somos, não fingir que não nos conhecemos ou que nada aconteceu antes, sermos naturais, mas por favor, me ensina a não te querer do mesmo modo que você me ensinou a te querer. Me mostre(fale), por mais que me doa, que não existe mais nada de mim em você, e que o seu pensamento, agora, é ocupado por outras.
Está mais do que na hora de me colocar no meu lugar, e saber realmente que sou apenas mais uma no meio de centenas, que não tenho mais aquele brilho especial, e que entre a gente, não existe mais nada de diferente. Preciso pensar com mais convicção que você é assim com todas as outras que estão por ai, e que talvez, alguma dessas outras, seja a que tenha o diferencial.

Mas, o que eu realmente quero, é não ter feito aquilo, é poder ter outra chance. É voltar a ser um pouco do que eu era pra você.
Então, chegou a minha hora de parar.

2 de dezembro de 2010

(...)
É um ruim pensar, que é necessário ignorar tudo o que tenho de bom, ignorar a dor e o friozinho na barriga que me da as vezes ao pensar, ao te ver, ao chegar. Acho (e é) um desperdício. Mas, que é o melhor a ser feito, disso não me resta dúvidas, mesmo doendo, e sendo ruim. Mas ao mesmo tempo, estou feliz em estar aprendendo.
É um conflito de mim comigo mesmo, que parece não ter fim... (mas há um fim em tudo!)
É um processo, devagar quase parando, mas está fluindo.
É doloroso, mas é bom.

É, está tudo muito bem assim. (²)