20 de agosto de 2012

e agora?

A cabeça vai a mais de trilhões de pensamentos pulando gritando girando parando. E nem tem tanta coisa pra pensar assim. Algumas muitas fórmulas, e datas, guerras, tratados, rios, células, carbonos, forças, o certo e o errado, o por quê de.... e mais alguma coisa pra decorar pra esquecer. E você. Que pesa, que pensa, que confunde, que faz doer, que faz sorrir, que faz chorar, que dá saudade, que dá nó, que dá aperto, que aperta, que não sabe, que vai, que fica, que faz amar, que faz amor. Amor que tem que ser racional. Que um pouco de cada suspiro leva bem dentro, um pouco de o que me mostrei fazer, o que me mostrei pensar. Amor quer ser sentimental. Pensamentos que vêm do amor. Amor que tem que ser racional, mesmo se negando, ele quer ser de sentimento e já mostrou muito o que quer. Aí, amor cansou. Deixou à mostra, mas deixou de canto. Deixou pr'um vento ruim levar, ou pruma brisa boa soprar e dar novas caras e novos rumos no meio de tantos que pode-se tomar. Racionalsentimental, nem sabe mais. Hora quer por aqui, hora quer por acolá, hora pensa que acolá dói, que aqui dói. Que acolá faz sorrir, que aqui faz mais sorrir, que acolá faz lágrimas, tanto quanto o aqui. Acolá aqui aqui acolá, tão iguais, tão diferentes, tão indecisos, tão densos. Que somem. E volta o amor. Que embaralha, e embrulha e cuida do que tem que cuidar. Traz mais sorrisos , uns carinhos, alguns olhares, e mais silêncio, mais pensamento. Traz mais ilusão?  Amor que na sinceridade, só queria trazer mais de você, com tempos perdidos nas gargalhadas de cosquinhas, mais conversas sobre nada, sobre o dia, sobre o passado, sobre o que não faria tanta significância no dia seguinte, apenas traria alegria de um dia de felicidade. Cadê ela? Fugiu com a tal da tranquilidade? Foram de barco, de carro ou de avião? Vão voltar? Vão demorar? Em alguns surtos do dia-a-dia elas aparecem por aqui, dão as caras, acariciam o coração, e se vão, com intenção de voltar, mas nem sempre conseguem. Acontecem alguns empecilhos nos caminhos que as levam de lá pra cá, e elas demoram (às vezes um bocado) a reencontrar o destino. E quando elas decidem por aqui ficar? Fazem a agonia levar embora umas lágrimas prestes a cair. E fazem pensar se precisa mesmo de todo esse gasto de ATP com esses pensamentos e palavras infinitas. Pensamentos que ficam querendo noite ao lado seu, dia-a-dia ao seu lado. Do lado de dentro, de perto, segurando suas mãos e suas lágrimas. Que venha dia-a-dia, porque pensamento sabe que o meu continuará ao seu lado, de perto ou de fora ou de longe ou de aqui ou de acolá. Que venham pensamentos seus, junte-se aos esses estranhos meus, e ajude a continuar essa história, com felicidade (e com amor, que nunca faltará).

6 de agosto de 2012

sem tempo sem sentido

Deixemos mãos cruzarem, cabelos entrelaçarem e trocas de olhares. Deitemos em muitos colchões, sofás, chãos, gramas, ares, mares. Deixa passar rápido os dias que viram meses, meses que virão. Venha a falta de tempo que compacta a saudade pra caber mais, mas que venha sem falta de amor, de vontade de céu estrelado e assuntos espalhados. Deite, apenas, não olha a hora, não ouça os ponteiros tictaqueando (eles têm mania de correr com você por perto). Cê sabe que ponteiros nunca foram grandes amigos de amores, talvez o tempo sim, por um tempo. que corre e passa devagar, que vai andando e chegando ao seu implícito ponto final da vida (da gente ou do coração). Fugir da realidade fatigada tão mais próxima, tão mais dócil, tão mais fácil, tão mais palpável de esperança, tocando seus pés e suas mãos e suas costas e te olhando. Amor que se acha e se encaixa em espaços apertados, em gota de sorrisos, em lugar que não existe, que cabe num cantinho por aí qualquer, mais junto, mais perto, mais laços. Só te falo, deixem-os pingar. Pingarão até o sol baixar e parar de esquentar. Que nos venham mais estrelas que luas, que continuem brilhando depois de morrerem, que não sejam fontes de luz secundáriass, que nos venha o que têm que nos vir, que é o tempo corrido, e a falta dele. Não pense nele esgotado, cansado, ou sem. Não o espere, pode ser que chegue numa repentina surpresa. Não o faça correr, não o atrase, o quiera quando dias mostrarem a ti quando terás de querer. A gente se espreme entre lacunas temporais que a vida nos oferecer (ou cavamos uns buracos entre esses tempos que não existem).