24 de abril de 2010

vazio

Uma sexta-feira a noite em casa;
só para relaxar os músculos tensos de um dia corrido.
Um sábado a tarde chato e tedioso, mas pra ela é a continuação do descanso de sexta, uma noite de sono não foi suficiente pra descansar, ela precisa de uma extensão.
Chega a noite, e a mesma coisa, a ansiedade de querer pegar o carro e ir para algum lugar com gente, música e bebida é tão grande que faz ela ler cada vez mais vorazmente seu livro insuportável da faculdade. E que livrinho chato. Ela lê, fingi que está entendendo, mas ela sabe que não está. As palavras entram pelos olhos e saem pelos ouvidos, mas ela quer ler, e ler sem ter entendido, não é ler. O sábado continua, ela desiste de ler, esta cansada de ver palavras soltas nas páginas amareladas. Liga o notebook a procura de algo pra fazer ou algum artigo interessante pra ler. Mas não é isso que ela quer, ela quer sair do mesmo lugar de sempre.
Sozinha não quer, mas pra quem ligar? Ela mora sozinha, em uma cidade grande, lotada de pessoas, e não tem se quer companhia para passar uma noite. Não tem namorado, nem amiga, nem irmã. E a culpa é toda dela, e ela sabe disso. Não há um homem que consiga conquistar o seu coração, ela não vê graça em nenhum que mostrou interesse, e não tem uma mulher que preencha os requisitos mínimos necessários e seja como ela quer para ter como amiga. O que ela não entende é que todos são diferente, mas todos tem algo em comum.
O pensamento agora lhe pesa na cabeça. Ela só queria alguém, ela só queria alguma coisa, por que é tão difícil pra ela, o que é muito fácil para a maioria?
Ela sai, pega o carro e dirige pela cidade, sem rumo, apenas para esfriar a cabeça e ver o movimento de um sábado a noite. Passa por bares, por lugares cheios de gente, e cheios de rodas de amigos. Não a ajudou, então ela muda de rumo de volta pra seu apartamento, agora com lágrimas nos olhos e a cabeça latejando de tanta dor.
Ela dirige, na direção norte da cidade, e passa no sinal vermelho. Ela não viu, ela não teve culpa, ela estava triste e se sentindo vazia.
Ela passa no sinal vermelho em um cruzamento movimentado, e um motorista de ônibus esta desatento falando ao celular.
Ela passa no sinal vermelho, e o ônibus do motorista descuidado acerta em cheio o seu caro. Ele não teve culpa, sua filha esta com febre em casa, ele queria saber como ela estava e ele passou no sinal verde.
Ela ouve um barulho ensurdecedor, vê uma escuridão, sente muita dor, e depois, muita paz.

22 de abril de 2010

Eu queria ter uma amiga com quem pudesse contar os meus segredos, pudesse ligar quando estivesse desesperada e ela me acalmaria, ou se desesperaria junto comigo. Queria contar sobre meu namorado, contar sobre minha família e falar das pessoas. Ficar revoltada com a nota da prova, contar de como eu cai no ballet, da proveta que eu quebrei no laboratório.
Queria ouvir o que ela tem pra falar, coisas boas ou coisas más, importantes ou não, apenas ouvir, e compartilhar as coisas, assim, como amigas. Queria chamar ela pra vir em casa, e ir na casa dela. Mesmo que não haja tempo pra tudo, quem quer arruma um jeito.
Queria escrever sobre ela, escrever coisas pra ela, coisas que só a gente entendesse.
Quero muito um dia acordar e pensar de que eu tenho sim uma amiga do fundo do coração, e que ela não vai embora com o tempo, como o vento.

Ah, quantas perguntar eu me faço pra descobrir o que há de errado.
Não sei, mas essa dor vem me acompanhando e crescendo, e as lágrimas caem dos olhos toda vez que encosto a cabeça no travesseiro.

Elas vem e vão.
Demoram anos pra vir, e se vão em apenas dias.

2 de abril de 2010

9 meses

Uma vida inteira é pouco pra passar com você;
todo o tempo do mundo é pouco pra aproveitar ao seu lado.
Obrigada por cada palavra dita, cada lágrima caida, cada abraço e beijo dado, cada carinho feito, cada sorriso perfeito.
Obrigada por ser como e quem voce é, meu tudo.









1 de abril de 2010

Rosa, azul, roxo, laranja, verde, vermelho...
As cores não tem o mesmo tom, as cores não tem o mesmo valor, não tem o mesmo sentido.
Estão desbotadas, e se desbotando aos poucos, tornando o mundo em preto e branco.
As cores só voltam a ter vida quando aquele alguém me traz vida, e colore as cores com seu jeito mágico, e único.
Não saia do meu lado, não pare de me mostrar o sentido verdadeiro das cores, não quero que você pare, por favor, nunca.
Se um dia você parar, o preto e branco toma conta de mim, e sentido não existirá em nada. O sol não será mais amarelo, e as estrelas perderão o brilho natural.

Quero ouvir o que você tem a dizer, quero te abraçar e sentir seu cheiro, quero te fazer carinho e te apreciar a beleza, quero você comigo mais do que nunca. Eu Preciso de você, mais do que nunca.