5 de novembro de 2013

semsentidobagunçera

E eu, que vivo reclamando da bagunça da minha colega de quarto, me deparo com minha cama bagunçada de uma maneira nunca vista antes. Reflexo da bagunça da vida, do pensamento, do coração.
Mas o coração tá no lugar, não? Feliz, contente, pulando em pessoas poraí, respirando aliviado depois de uma resistência inicial ao gostar (quase um amar?). 
Vontades súbtas de sair correndo em busca d'um abraço, aquele aqui de perto ou aquele ao atravessar a baía fedida. Tão perto, tão longe. Tão perto, tão próximo. Confesso que aquela minha confusão inicial de não saber pra qual lado pender ainda me pesa no dia-a-dia, mas não tododia como vinha me doendo. Agora ela é leve e não tenho me inclinado tanto a pular na água quente. Me arrisquei a pular, ela era tão aconchegante e macia, abraçava com amor, que esfriava de repente não repentinamente. Ia de pouco em pouco perdendo seu calor, até esfriar. Mas eu continuo quente querendo me esquentar nessa água que não sei onde vai parar. Não quero esvaziar, não quero que esvazie. O tempo e a vida leva a gente pra uns lugares bons, e ótimos foram os lugares que passei ao lado teu. 
E que o tempo seja amigo dos amores, que os lugares bons não fiquem só na memória. Não sei quando, nem onde. Molhar as pontas dos dedos na água quente de vez em quando é melhor que cair de corpo todo, de uma vez, e deixar que ela amorne, esfrie, esvazie.
E deixe a bagunça se autoarrumar. Amar é bom.