31 de agosto de 2011

Agosto

Ta tudo estranho. Talvez seja esse mês sem descanso, em que até mesmo o nosso país passou por mal bocados nesses 31 dias eternos.
As coisas estão cada vez mais impessoais, nosso contato é cada vez mais raro, nosso sentimento (se é que existe um) cada vez mais escasso. A semana passa, e você não está aqui, nem ali, nem cá, nem acolá. Parece que não existe, parece que o tempo e a distância o leva de mim, daqui.
O Mês passa e nós nos esquecemos, mas, menino, eu gosto um bocado de você. Mesmo não sendo o melhor exemplo do mundo, fico pensando em ti, dia após dia dessas semanas que passam apertadas e angustiadas. Tantas palavras me vem a mente e se cumulam na ponta da língua, e quando estou com você, elas se perdem em lgum lugar aqui dentro de mim, juntamente com a minha coragem de falar.
Eu, que nunca sequer pensava antes de falar, sempre sendo o extremismo da sinceridade, confesso que não estou conseguindo ser a mais sincera do mundo com você. Por quê? O que há de errado comigo, com você, conosco?
Ando achando que tem muita coisa fora do seu devido lugar, e elas estão se perdendo no meio do caminho, não deixando eu construir uma base para o "nós".
O nosso "a gente" nem existe mais, praticamente.

"Que Setembro seja melhor e supere todas as angústias, medos e inseguranças e azar de um Agosto fodido."
- Caio Fernando Abreu

1 de agosto de 2011

Essa mania de querer ir embora, é de tanta vontade de ficar. Esse silêncio é de tanto querer falar. As vezes acho que faço pouco caso da sua presença, mas ah, se você soubesse o tanto que te preciso.
Tento me ocupar com outras coisas, mas em segredo, estou sempre disponível para você. Pareço não sentir, mas isso é de tanto que sinto, de tanto que eu temo, de tanto que eu fujo.
Agora não há outro lugar pra fugir, a não ser seus braços.
Mas o que me preocupa é a sua resposta de "e você, fugiria pra onde?".