28 de dezembro de 2011

rua: Cônego Antonio Roccato, s/n

Passou-se mais de um ano. E só agora que eu parei e comecei a pensar em quanto tempo se passou, e na saudade que eu sinto de la, que ao menos cabe dentro do peito. Já vi muitos textos bons, muito melhores que os eu já tentei escrever, inclusive esse, mas é pelas lágrimas que chora meu coração.

Eu sinto falta de tanta gente que eu jamais achei que iria sentir saudade, me pego pensando naquela pessoa alheia, que entrou no último ano e que mal lembro do seu rosto. Penso nas provas que eram tão fáceis, e eu achava as mais difíceis. No ambiente que aquele lugar tem, o mesmo que proporciona alegria só de respirar o ar de lá hoje em dia.
Tanta gente veio com a chegada daquela escola, e tanta gente lá permaneceu.
É clichê dizer que "eu era feliz e não sabia". Mas eu posso dizer que nunca fui tão feliz quanto os 3 anos e meio que passei la. Nunca vou achar pessoas especiais como achei lpa, nunca vou amar tanto um lugar como lá.
Poxa, se passaram mais de 365 dias que eu não mais pertenço aquele lugar, que eu sou uma dinossauro, uma página virada de muitos, um diário esquecido em algum armário empoeirado da secretaria.
Posso prestar vestibulinho mais uma vez, entrar na mesma sala que entrei em 2008, com as mesmas pessoas, e viver tudo de novo?
Tenho vontade de sair correndo e dar um abraço em cada aluno, professor, inspetor, estagiário, faxineiro, empregado que for, que me ajudou a me construir naquele lugar, que me fez crescer e me tornar o que eu sou. Tem muita gente perdida por ai que não tem ideia da saudade que me da só de pensar. Queria que essa gente sentisse a mesma saudade que eu sinto de tudo.
ETECAP, eu só tenho que te agradecer por tudo que você foi pra mim, por ter me tranformado no que eu sou hoje! Tenho certeza que tempo nenhum é capaz de te tirar daqui de dentro da minha memória e do meu coração.
Continue transformando a cabeça, a alma e o coração das pessoas. Não há escola no mundo como você. Só quem fez parte de ti sabe como e o que é acordar cedo todos os dias, pra passar frio absurdo no inverno, e calor demais no verão. Chegar de manhãzinha e ver a neblina cobrindo todo o campão, a Zete abrindo as salas, sentar no banco ou no palquinho do P2, jogar máfia ou confersa fora, ouvir alguém tocar violão, passar calor exagerado com jaleco e luva e toca e óculos naquele laboratório que bate sol o dia todo. Reclamar ano após ano que o preço da cantina aumentou, ver a vontade das pessoas de protestar e de lutar. Comer amoras e pitangas com bichinhos em setembro, não participar nunca da aula de educação física e querer nota, passar o almoço la, dormir no canto da sala depois de uma noite varada editando vídeos (e quantos vídeos tontos). Brigar com professor, mais pegar do que passar cola pros amigos, ficar cansada daquela vida, querer férias, e logo depois, já querer voltar pra lá.
Você é o extremo de tudo, não deixe nenhum diretor ou pessoa autoritário tirar essa essência sua. Não é a escola perfeita, mas é onde eu sempre quis estar.
Eu te amo ETECAP, e vou amar até meu último suspiro.

8 de dezembro de 2011

E agora a vida está me obrigando a desistir do meu sonhos.
Ou é agora, ou agora. Minha última chance, mas sei que é muito difícil conseguir.
Algumas coisas poderiam me ajudar, ele podia acontecer na minha vida.
Vida, me ajude !

5 de dezembro de 2011

Cadê?

Cadê?
O mundo a escondeu de mim, eu nem lembro direito como pronuncia o seu nome. E, o que é mesmo que eu estou procurando?
Uma procura cansativa e insensata por algo que deveria vir naturalmente, com umas conversas, uns abraços e uns bons amigos. Mas a essência de tudo foi levada com o tempo.
Aqui agora não tenho umas conversas, não tenho uns abraços muito menos uns bons amigos (se é que amigos aqui sobraram). Fecho os olhos e vejo uma caixa escura com uma pessoa sentada num canto, sozinha, chorando baixinho. Essa sou eu?
Parece que ninguém tem vontade de vir e acender a luz, me tirar dessa escuridão.
Eu amo tantos poucos rostos, esses que peço todos os dias pro Papai do Céu não deixar-se ir junto com tudo que se foi, que esses permaneçam aqui, forte nem que seja apenas na lembrança, e no coração.
Sinto tanta falta de acordar e ir pra um lugar que eu sei que as pessoas me amam, em que eu posso eu ser, escadalosa, espalhafatosa, briguenta, chata, legal. Agora eu acordo e vou pra um lugar em que só vejo olhos estranhos, me olhando de cima a baixo, me censurando pela minha risada alta, pelo jeito que eu me visto e/ou ando, por amar uma pessoa tão distante, por vir de um lugar que muitos de la não conhecem. Me sinto presa, sozinha, com medo e com vergonha.
Vergonha! Deus, eu nunca sinto vergonha do meu eu, mas la sim. São todos tão malvados pra mim, la não é o meu lugar. E agora, tenho eu que aguentar mais um ano la, correndo atrás de um sonho, mas cercada de insetos peçonhentos.
Quero meus amigos, meus amores, minhas meninas. Quero minha risada, minha felicidade, minha essência. Não quero viver assim, sem saber o por quê disso tudo. Quero um futuro, não quero continuar andando em círculos, cercada por essas pessoas. Quero carinho, quero abraço quando eu mais preciso. Quero chorar no ombro de alguma de vocês, porque só Deus sabe o quanto eu to sofrendo calada aqui e ali.