25 de novembro de 2010

Eu sinto muita falta, de descarregar o meu stress nos meus pés, com a sapatilha apertada.
Me da saudade de acordar com as pernas doloridas de tanto ensaiar, de acordar cedo no sábado e no domingo e ficar a manhã inteira ouvindo a mesma música.
Quero chegar da escola tarde, e já ter que sair correndo, porque a aula já havia começado quando eu mal sai da escola.
É, não sabia que isso iria me fazer tanta falta. Falta de me esforçar pra conseguir fazer o impossível, de tentar ser a melhor, de cair e aprender passos novos, de forçar a sapatilha pra ficar boa a tempo do festival, de gastar todo o meu dinheiro com as roupas do festival do final de ano.
De me estressar por ter tantos ensaios, todos os dias, por cansar de errar sempre a mesma coisa.
Ah, como eu quero voltar a ver aquelas meninas que me dão forças pra acertar, de ouvir os berros da professora pela fila da diagonal estar torta, ou pelo arabesque não ter subido os noventa graus mínimos pedido, ou por não ter esticado o joelho suficiente em uma pirueta.

Quadril, pode melhorar, eu quero muito voltar.

21 de novembro de 2010

É

essa minha mania de achar coisas (demais) que faz isso.
É essa mania de querer o que não sei se quero, de querer o que não posso, e nem quero ter.
É essa vontade de sorrir como antes, mas sem o que eu tinha.
Não quero tudo de volta, eu só quero parar com isso.
Desistir não é uma boa palavra, mas as vezes é a melhor coisa a se fazer. Batalhar em busca do que se quer, tem um limite. As vezes, você até consegue, mas tudo o que você passou, não vale o que ganhou.
Nem tudo vale a pena na vida, não se desgaste tanto.

Mas é, está tudo muito bem assim.

11 de novembro de 2010

Sinto falta de uma pessoa que dê valor ao que eu sinto, ao o que ela sente, e que eu possa ter certeza que vou vê-la no fim de semana. Aquela pessoa que você gosta cada vez mais de passar o tempo junto.
Aqui dentro está vazio.

10 de novembro de 2010

E eu,

que nunca acreditei que tudo passa.
As pessoas me diziam "vai passar", e eu nunca botei fé realmente em nenhuma delas. Eu queria, muito, que passasse, mas não passava. O tempo só fazia piorar, ele só fazia piorar, eu só me fazia piorar.
Vou descobrindo, em um conflito interno, o que realmente merece meu esforço, as noites sem dormir, a ansiedade. Vou fazendo um fluxograma até chegar onde eu quero. São passos lentos e dolorosos, mas é o melhor lugar pra eu chegar.
Meu medo é de estar me enganando, mas creio que está passando, aos poucos, aquela insegurança. Afinal, que moral tenho eu, de te pedir o que eu quero? Que coragem tenho eu? Que sentimento tem você?
Meu sentimento ainda continua aqui, intacto e único. Tão puro e forte, que só irei mostra-lo quando (e se esse quando chegar) um dia merecer. Mas 'merecer' não é a palavra certa, é mais algo a ver com reciprocidade. Enquanto isso, ele vai estar aqui. Intacto, já não sei, mas aqui ele vai estar sempre. E por mais que doa, vou guarda-lo, e fazer ele se aquietar dentro de mim.
Estou bem, está tudo bem, as coisas estão boas, você está bem, estamos todos bem... que continue assim, que tudo continuará bem. Porque, o que eu não quero, é ver alguém se machucando (mais uma vez).

2 de novembro de 2010

fim

Parei de pensar como estava pensando e agir como estava agindo.
Vai doer mais que tudo que já senti, mas vai me fazer respirar melhor.
Preciso de alguém pra me segurar enquanto isso acontece.