5 de dezembro de 2012

re-o quê?

Cansou de amar, de amor. Conclusões precipitadas pra se tirar de dentro d'alma, mas amor cansa. Amor que não pode amar do jeito que quer, amor com limites, amor que não flui, que não pode fluir, que sente saudades mas não pode tocar, que quer falar mas não sabe se deve. Amor que espera amor que não vem, que pousa na dúvida de "será que ainda tem?". Amor que (parece que) fica melhor no canto recolhido, sem renovar, sem reencantar. Amor velho, amigo, bom e chato e forte, monótono de tão (pouco) tempo. Esse tal amor que ama mais do que deveria amar, que quer que a vida deixe se regozijarem, sem a graça do riso perder nesse meiotermo de poder e não poder, querer e não querer, querer e não poder, poder e não querer. Amor que demorou pra achar seu lugar, e agora encontra-se perdido sem saber onde acalmar. Quer amar, e pode, é bom, faz bem (às vezes). Amor precisa se colocar no lugar, lembrar do que esqueceu, do que deixa passar. Lembrar que passou, que voou, que amor agora é amor sozinho em companhia de ninguém além das batidas de um coração distante. Re-ame o re-amar.