22 de agosto de 2013

o amor...

... é intimidade. E intimidade é o amor.Ele que é uma coisa louca. Penso que hoje é diferente do que me foi. Amei e já achei que amei (e só o passar dos dias me escancararam isso). O não-amor (?) engana. Carinho, encanto e rotina se misturam e se fundem, confundem. Quem me sou pra falar quem ele é. Pode ser uma pessoa, uma sensação, uma vontade, um impulso, um sorriso ou uma lágrima. Pode ser tudo. Pode ser singular ou plural, polêmico e tão natural.Já temi uns amores que não eram por mim. Por quê? Fazem não muitos dias (ou muitos, é que o tempo tem passado mais rápido do que posso acompanhar) e agora eu re-penso no pensar que, amor é bom. (Quase) não há saídas ruins pra ele.E é bom amar, cada vez mais. Mais pessoas, mais profundo, mais sincero. Amor não se esvai pelo vendaval e não morre com um final. Ele acaba não acabando, fica quieto, esquecido? Talvez acomodado, guardado com carinho.Agosto me tem sido - além do mês do cachorro louco - um mês nostálgico. E, revisitando algumas memórias, entre elas senti o coração aquecer. C'est l'amour. Pois então, sem temer o dizer que ama, só pra mim, comigo mesma, no pensamento e na alma. Nessa nostalgia gosto de falar e pensar que fiz do meu amor bom, uma coisa boa.E gosto de amar, qualquer forma de amor, inclusive os temporários que contradizem a eternidade do amor. E eu, escandalosa, mais do que amar escancaradamente, gosto de amar no silêncio do olhar.É bom amar. Ame.

16 de agosto de 2013

a mesma, mudada.

No meio de uma limpeza aqui, uma lavada de louça ali, arrumação de mala acolá, ela se sentou pra descansar as pernas e começou a sentir a música que tocava.Se deu conta que a música era desconhecida mas era boa, enchia de alma a alegria, porque ultimamente, a alma dela se resume em felicidade. Sim, sentiu que estava feliz, satisfeita, com a vida boa. Se atreve a dizer que essa felicidade é nova - e estranha, mas é muito bem vinda, e que fique agora que veio.Sentada ao sentir da música, percebeu que gostava de tudo aquilo que passava ao seu redor, que tinha se achado na vida depois de tantas dúvidas, ansias e desejos incertos. Ela sentia que sim, é ali e agora que deveria estar. Os afazeres mudaram, as pesoas mudaram, o lugar e até mesmo o ar mudou, agora ela acorda sentindo cheiro de maresia. Virou rotina o que era extraordinário na vida. Percebeu que, poraí, é comum o que já fez, só estava num meio acanhado, percebeu até que o que já aconteceu não é de nada absurdo, é até comum. 
A vida muda rápido, né? E a gente muda com ela.
Em tão pouco tempo os pensamentos e desejos já são outros, ela não quer imaginar-se daqui há alguns anos, como será, se mal se reconhece, já. Não mudou no jeito, no falar e rir escandaloso, nos tropeços ao andar, no gostar de pés no chão, no ir dormir tarde e acordar cedo, no gosto musical e nos amores. Amadureu, talvez? Talvez seja o cabelo, que mudou. Aliás, moça já se achava madura, sempre nos achamos maduros enquanto vivemos, e então vem o tempo pra passar e nos mostrar que o passado faz menos sentido que o futuro.
O que será que, aqueles que ficaram, estão achando disso tudo? Mal sabe, mal sabe se quer saber, só quer transbordar essa felicidade e passar adiante pra tirar riso daqui e de lá, de todos os lugares. Quer ficar passageira. Quer continuar nessa paz de agitação, de correria. Quer amar os amores, novos e antigos, mais e depois, mais. 
"Viva la vida que ela não pode parar."