Entrei em dois décimos.
Mas que diferença isso faz, quando a vida muda antes da idade virar.
Agora, que são duas, impossíveis de serem paralelas, pois se
cruzam em algum momento e lugar dentro de mim, mas (por enquanto) não se tocam.
Uma nascendo, se formando, meio perdida, meio inocente no fazer. Outra firme,
forte, bonita, afável. Duas vidas que me fazem amar o aqui e o ali,
independente de qual seja qual. As vidas são belas, e querem ser vividas, e a
beleza vem de dentro.São diferentes em quase todos os sentidos, exceto em ter-me.
Já me transformei no que sou com o passar dessa idade que agora chegou. Já sei
quem sou (talvez não tanto). Crises sobre querer ser menos é (ainda) presente,
porém não me desfaço desse meu laço com a extravagância. Sinto-me amada pelas
duas, mais pela que menos estou presente, menos pelo a que mais consome os meus
dias. São diferentes. Quem está lá, infelizmente não pode estar cá (e vice
versa). Acho que elas se completariam. Ou melhor, acho que a vida de lá
completaria a de cá, por ser tão nova e, portanto, ainda meio vazia. Vazia de
vocês que vivem lá quando queria cá. Vazia de amores certos, de amores que
choram, de amores que falam sem medo, que conhecem o que sou. A vida daqui tá
cheia de risos, felicidade, bondade, novidade, e paixão. Eu quero amar, eu
gosto do amor.
Eu gosto daqui, eu gosto daí, eu gosto de ir e de voltar. Eu amo vocês que me fazem amar o aqui e o aí.
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