13 de abril de 2013

breve pensamento sobre ir

Lágrimas no escuro, lágrimas na chuva, lágrimas de tchau. Lágrimas de vidas que se separarão depois de andarem tanto tempo juntas. Eu vou, mas eu volto. Falo isso confiante pra pensar que a saudade de tudo que aqui vou deixar não vai me sufocar.
É ruim ficar quando se vão, eu já fiquei quando se foram. Eu sei que fica um vazio impreenchível quando vai, que dói, que dá saudade que não tem como matar. Paciência, penso mesmo antes de ir, por que eu volto. Volto pra abraçar, pra amar, pra aproveitar vocês que aqui irão ficar, e vocês que daqui a não muito tempo se vão também. Queria compartilhar essa dor estranha de viver duas vidas paralelas, mas já basta a dor de deixar. A vontade de ir é grande, assim como a vontade de ficar. A vida nova me espera, pra me abraçar e ocupar a maior parte do meu tempo, quase todos os meus dias, mas ainda sobrarão os dias que serão seus.
Diria que ainda o tempo me foi generoso pra poder ficar mais (bem mais) pra ter vocês comigo. Queria era empacotar cada um e levar junto lá pra perto do mar. Não é muita gente, um ou outro que preciso pra viver e sobreviver, que sabe quem eu sou mais do que eu mesmo, que sabe minhas dores, meus amores, meus medos, minhas manias. Eu queria mais, quero sempre mais, pro amor muito nunca é o bastante.
Eu vou, mas tu vai comigo no coração, no pensamento, na saudade e na vontade de voltar. Eu vou, mas eu volto com vontade de aqui amar.

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