17 de julho de 2012

Peut-être

Talvez nunca tenha pensado com essa força de pensamento de/com sentimento. Talvez essa mania de adiar o inadiável, ignorar palavras silenciosas vagando o (sub)consciente, não seja a melhor forma de dormir sem supostas dores. Dias vêm e vão, junto com elas. Talvez não percebe que ao lado pode ter um outro, talvez mais bonito, talvez menos, talvez igual. Mas lá está. Ocupando espaço inapropriado dentro de certa gente boa. Lá está, sem ao menos fazer um esforcinho pra sair. Pelo contrário, contar os dias dá mais vontade de ficar. Porque amores passam, amores vêm, amores saem vagando por aí, sem rumo certo,  quando menos se espera, e se for, terá um corpo pra tromba-lo no meio do caminho, mas sempre esteve a esperar. Talvez não entendas, talvez nem eu, nem ela, nem Maria e nem José. Mas pra quê, se sei o que sinto e sei o que não quero, nem fingir. Sem caras e bocas, sem dramas ou comédias, sem esconder debaixo do sorriso uma outra vontade de lá, e não de aqui. Convenhamos que situações parecidas não convém com amor. Tal que é forte e denso, que sinto perto, sinto cheiro, que é quase tocável. Talvez seja. Amor és tu, que me és mais que tocável. És abraçável e encarinhável (de carinho), e apesar daqueles famosos apesares, que nem pesam, és um amor (mais que) amável.

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