10 de julho de 2012

veio de não pensar

Chegastes do nada, não é?! Ficou com um pé atrás do atrás, com medo de caminhar e pisar em falso. Medo, vez ou outra, tolo de segurar uma mão que vai te deixar cair. Mas todos nós um dia cairemos, menina. Hoje ou daqui uns dias, cairemos, nesse abismo escuro da vida. Até o infinito. Infinito com fim, que chega quando dói. Dói pra passar, a dor passa e acabamos esquecendo da sensação que ela nos dá.
Pra chegar ele de repente. Por um caminho meio nebuloso e frio, que o sol faz questão de esquentar e clarear a cada passo. Nascendo algumas flores no meio desse solo, a princípio, sem graça, sem nada,  pra dar cor e vida pruma coisa meio improvável. Pra fazer sentido uma outra coisa que não fez por uns tempos.
E começa a fazer, sem motivo, apenas o faz. Com gosto e com gesto, com (a)braço fino e apertado, com sorriso emparelhado (de aparelho). Empurrou pra lá uns receios que veio junto misturado e meio escondido, e trouxe pra cá um coração, quente, feliz, bom. Coração que dá-me vontade de cuidar, como se cuida de alguém que se gosta tanto, que fez-te pensar. Pensar?! Quem diria, conseguiu tirar até sorriso fazendo o que você mais valoriza não fazer. Ironias de amor monótono.
Monotonia igual sendo sempre (tão) diferente. O Previsível que surpreende. A saudade interminável e intermitente. Sensações diversas, boasruismédias, mas que somadas dão saldo positivo.
E o tempo? É, deixa ele pra lá. Ele passa, como você, ele e as uvas. Passa rápido, mas é longo. Pode ser pouco, mas um pouco com muito. Muito de tudo um pouco que você quiser provar.

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