5 de dezembro de 2011

Cadê?

Cadê?
O mundo a escondeu de mim, eu nem lembro direito como pronuncia o seu nome. E, o que é mesmo que eu estou procurando?
Uma procura cansativa e insensata por algo que deveria vir naturalmente, com umas conversas, uns abraços e uns bons amigos. Mas a essência de tudo foi levada com o tempo.
Aqui agora não tenho umas conversas, não tenho uns abraços muito menos uns bons amigos (se é que amigos aqui sobraram). Fecho os olhos e vejo uma caixa escura com uma pessoa sentada num canto, sozinha, chorando baixinho. Essa sou eu?
Parece que ninguém tem vontade de vir e acender a luz, me tirar dessa escuridão.
Eu amo tantos poucos rostos, esses que peço todos os dias pro Papai do Céu não deixar-se ir junto com tudo que se foi, que esses permaneçam aqui, forte nem que seja apenas na lembrança, e no coração.
Sinto tanta falta de acordar e ir pra um lugar que eu sei que as pessoas me amam, em que eu posso eu ser, escadalosa, espalhafatosa, briguenta, chata, legal. Agora eu acordo e vou pra um lugar em que só vejo olhos estranhos, me olhando de cima a baixo, me censurando pela minha risada alta, pelo jeito que eu me visto e/ou ando, por amar uma pessoa tão distante, por vir de um lugar que muitos de la não conhecem. Me sinto presa, sozinha, com medo e com vergonha.
Vergonha! Deus, eu nunca sinto vergonha do meu eu, mas la sim. São todos tão malvados pra mim, la não é o meu lugar. E agora, tenho eu que aguentar mais um ano la, correndo atrás de um sonho, mas cercada de insetos peçonhentos.
Quero meus amigos, meus amores, minhas meninas. Quero minha risada, minha felicidade, minha essência. Não quero viver assim, sem saber o por quê disso tudo. Quero um futuro, não quero continuar andando em círculos, cercada por essas pessoas. Quero carinho, quero abraço quando eu mais preciso. Quero chorar no ombro de alguma de vocês, porque só Deus sabe o quanto eu to sofrendo calada aqui e ali.

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