10 de abril de 2011

vazio

Inspiro fundo. Fecho os olhos. Expiro.
Sinto um vazio.
É estranho não sentir nada, mas ao mesmo tempo, sentir tudo.
Sentir que dessa vez não há o que fazer.
É, sentir que agora tudo foi embora de uma vez, como amarrar uma ponta da linha em um dente de leite mole, a outra na fechadura da porta, e fechá-la rápido. Pra sair tudo logo.
Só acho, que demorou pra isso acontecer.
Sentir um vazio tão grande assim, nunca aconteceu. Ter vontade de falar, de saber, de abraçar, de ver, de olhar, de muitas coisas, mas não poder.
Dói, sentir que falta muita coisa, saber que era tudo preenchido, a sua maneira (por pior que fosse), e que agora, só com um pouco mais de vontade do outro lado, eu sentiria um vazio (um pouco) mais cheio.
Não há o que fazer. As vezes acho que podia ser diferente. Um pouco de importância nunca é ruim. Mas talvez, se fosse diferente, os nós não iriam se desatar. Não pra mim.
Espero te agradecer no futuro, por ter me causado essa dor e esse vazio, mas por ter me feito não querer mais.

Tem umas coisas guardadas aqui dentro, por involuntariedade, que sei que vão demorar um bocado pra sair. E enquanto isso, eu vou imaginando e sonhando e querendo.

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