22 de abril de 2010

Eu queria ter uma amiga com quem pudesse contar os meus segredos, pudesse ligar quando estivesse desesperada e ela me acalmaria, ou se desesperaria junto comigo. Queria contar sobre meu namorado, contar sobre minha família e falar das pessoas. Ficar revoltada com a nota da prova, contar de como eu cai no ballet, da proveta que eu quebrei no laboratório.
Queria ouvir o que ela tem pra falar, coisas boas ou coisas más, importantes ou não, apenas ouvir, e compartilhar as coisas, assim, como amigas. Queria chamar ela pra vir em casa, e ir na casa dela. Mesmo que não haja tempo pra tudo, quem quer arruma um jeito.
Queria escrever sobre ela, escrever coisas pra ela, coisas que só a gente entendesse.
Quero muito um dia acordar e pensar de que eu tenho sim uma amiga do fundo do coração, e que ela não vai embora com o tempo, como o vento.

Ah, quantas perguntar eu me faço pra descobrir o que há de errado.
Não sei, mas essa dor vem me acompanhando e crescendo, e as lágrimas caem dos olhos toda vez que encosto a cabeça no travesseiro.

Elas vem e vão.
Demoram anos pra vir, e se vão em apenas dias.

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