19 de junho de 2012

é que passa sem parágrafos

a noite passou despercebida por aquela que ficou com os olhos nas palavras de metáforas, revoluções e nos números dos triângulos. foi dormir cedo, antes da meia noite, numa noite de sábado. estava cansada demais pra pensar em qualquer coisa que lhe quisesse passar à cabeça. na verdade, havia pensado naquilo durante o dia todo, mas tentou ignorar aqueles pensamentos que chegavam perto. acordou no meio do sono da noite, assustada. parecia mais verdade do que a própria vida. o celular tocando com um boa noite, mas o sol já estava nascendo. acordou de um sonho ruim que tirou-a o sono e a vontade de levantar da cama. leu a mensagem e dormiu com um sorriso no canto dos lábios, mesmo sem sono. tentou mergulhar em outro sonho, e acabou caindo em outro ruim. abriu os olhos de novo, acordou com a música alta e chata do vizinho de umas ruas à frente. é rotina que todo domingo ele ligue o som alto nessas músicas insuportáveis aos ouvidos. ouviu o silêncio da casa, e constatou, sozinha outra vez. sexta, sábado e domingo. sozinha. que final de semana mais sem graça, sem gente, sem vida, sem calor, sem vontade. ficou deitada na cama até o desespero da hiperatividade (chata) de precisar sair do mesmo lugar tomar conta, e tentou afundar os pensamentos, mais uma vez, nas palavras e números prontos que trazem os livros. não conseguia se concentrar. ficava olhando a cada 20 minutos, a espera de algo que sabia que não viria. ou viria? veio. de um jeito bonito e terno (terno de ternura, não de roupa) e com carinho (carinho de terno de ternura, não de caro).

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