23 de abril de 2012

manhã de um dia diferente qualquer


O dia amanheceu anoitecido, mas eu gosto de lua, (bem) mais que de sol. O dia acordou pingando nuvens e esfriando corpos para se juntarem. Juntar pés, mãos, braços, peitos e pele, debaixo do cobertor. Abre os olhos. Me olha. Te olho. Bonjour. Não sai daqui debaixo, fica um pouco mais que eu te trago um café. Chega mais pra lá, to caindo da cama, vai me dar arrepio ir parar no chão frio, depois de ter colchão quente de você. Que sono que me dá, que vontade de ficar. Deixa o tempo passar que depois eu volto ele pra mim. e pra você. e pra quem quiser.Tá ouvindo? O silêncio. Vamos cantar, ou escolhe uma história pra eu contar.Ê mania de sonhar. Fechei os olhos por aproveitar com sua mão no meu cabelo, e vi estrelas depois de uma escuridão. Sonhei, rapidinho (acho que foi seu cheiro) comigo meio aqui e meio pra lá, meio assim: “Sai daí, menina. é aconchegante demais, e depois não tem mais. Te deixar? Não! Mas cê vai ficar, eu sei. Só um pouquinho, de fininho. Para de pensar sonhando, não vai ter sentido. Sonha mais forte, sonhos não envelhecem.” Bonjour.Ça va? Trés bien, et vous? Moi aussi.A manhã ta bonita pela janela. Tem gente bonita aqui perto. Ta tudo bonito. Dia bonito. Acordei sem sono, uma coisa rara. Mas posso ficar aí, deitada, sem sono, quieta, falando, cantando, mordendo, rindo, sonhando, pra lá de um tempo.Chiant, vou embora. Fica com um sorriso e um beijinho meu pra você. Cuida deles, é com carinho. Au revoir, mon chéri. Te vejo em breve?

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