7 de abril de 2011

E agora aqui, eu vou escrever tudo, com e sem sentido.
É, eu preciso.
Sabe o que acontece? Eu quero chorar. Quero mesmo. Me machucar, errar e aprender, mas, só se for por outros motivos. Já faz tanto tempo, que nada me deslacera como isso, que está ficando massante (até pra mim).
Não sei de onde eu tirei e tiro tanta força pra tentar sempre a mesma coisa, pra ficar batendo na mesma tecla. Não consigo entender como consegui me magoar, machucar, chorar, sofrer, gritar tanto, e mesmo assim, continuar querendo.
Eu sempre quis, desde o momento em que me vi sem isso nas mãos. Corri atrás. E sempre consegui segurá-la, por mais difícil que tenha sido (e doloriso) tinha um momentinho que valia a pena. Não tanto, mas pelo menos, eu tinha aquilo aqui comigo.
E hoje, pela primeira vez depois de tanto tempo, essa coisa escapou das minhas mãos e sinto que não vou conseguir apanhá-la mais.
Justo hoje, esse mês, esses dias, que estão dando um contraste grande com o real " está tudo bem".
Estava tudo tão, tão bom. Eu via o sentimento nos seus olhos quando te olhava, eu sentia no seu toque, no seu abraço, no boa noite. Eu sentia reciprocidade, se não sentisse, não iria ser tudo como foi esses últimos dias, tempos... chame como quiser. Eu vi reciprocidade nas suas palavras, nos seus gestos. E melhor que isso, teve iniciativa. Justo quando eu vi que não fazia mais sentido eu ficar ali, tentando fazer você enxergar o verdadeiro valor das coisas, você a viu sozinho.
Quando eu abri a mão, pra essa coisa voar pra longe daqui, você me fez querer agarrá-la.
E eu, agarrei.
E foi bom, não foi? Por um tempo, um tempo longo, perto dos meus "desesperos".
Eu dormia e acordava bem comigo, com o mundo. Eu me sentia leve, sentava-me na frente do computador sem nenhuma preocupação, chegava em casa e um "boa noite" me esperando. Era tudo muito natural, as coisas boas fluiram, as conversas, as brincadeiras, tudo, tudo era muito bom, muito melhor. Pela primeira vez, acho, naqueles dias(s) você me tratou como o esperado. Sempre teve aquela minha preocupaçãozinha, mas naquele momento, até ela se tornou insignificante
E então, tive uma recaída. Uma recaída por causa de uma têpêemê. Uma brincadeira mal interpretada que acabou virando outra coisa.
E depois dessa recaída, tudo só foi decaindo, e decaindo...
E eu, que tinha me ligado mais a você, estou tendo que aprender a me desligar de novo, de uma maneira (muito) mais brusca.
Já que agora você me diz que tudo só era "bad". Que as coisas eram boas só para mim.
Mas não, sabemos que não.
Não fui eu que fui atrás dessa coisa, da última vez. Eu não precisei me desgastar. Se as coisas tivessem sido assim mesmo, nem existiriam "as coisas", porque eu já tinha desistido. Tudo partiu daí.
E então, agora tem que ser eu, com meu deslaceramento, de novo. Mas antes, eu tinha uma certeza incerta que você iria querer que eu segurasse essa coisa, uma hora ou outra, você tinha algum interesse. Isso foi antes.
O ruim (péssimo), é que dessa vez eu sei que não há outra saída, a não ser a desistência. Eu nunca desisti, sempre disse que iria, mas não. Não é desistir por fraqueza, é por não aguentar mais.
É ruim ter que deixar isso ir, voar pra longe do meu alcançe, até do meu campo de visão (onde sempre - sem excessões - esteve), mas, talvez dessa vez tudo não seja tão ruim assim.

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