11 de janeiro de 2013

solta, as palavras, e o coração

Eis o problema de querer sentir sempre que der mais uma vez, mas não poder. Eis a questão de não saber se é sentir que quer, se é a vontade de abraçar que vem, saudade aparente mal sabe se, agora, ela vem. Adaptações à vida cotidiana que chegam inevitavelmente, trazendo conclusões que pareciam ser impossíveis de serem, um dia, tiradas do coração. E vira tudo confusão. Porque quer continuar sentindo o que sentia, quer vasculhar bagunça e voltar ponteiros pra achar o que se perdeu. E a distância, com pensamentos, e palavras mal faladas que vem de lá, e aquela frequente falta de interesse, vontade, sabor. E o mal entender, o ver. Mal saber o que sente o aqui, o que sente o lá. Saber o que não quer quando aqui, o que não quer o lá. Maldade alguma vê em poder querer, em sentir saudades, em ter amor, em querer mostrá-lo, algumas vezes no passar da vida, mas e o não entender essa complexidade aparentemente simples que tanto tem? Reciprocidade que não vem? Deixa pra lá, porque aqui nada mais que costumava ficar tem, que o pouco que sobrou recusa, e resucou a se mostrar bonito.

"Que o tempo permita alguns reencontros sem culpa, porque é bom sentir sempre mais uma vez."

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