10 de setembro de 2012

Ao lado do mar, à beira de quem te quer


Justa a vida sabemos bem que não é. Cheia de imprevistos, trapaças, cheia das graça. Vida bonita que nos juntou a certo custo, nem tão difícil, mas não tão fácil, na medida certa, e agora, olhando pr'aqueles dias meio estranhos, me dá sorriso de canto de boca.
É rapaz, passou-se pouco tempo de nossas vidas juntas, e elas já estão pra se separarem. Por que agora? Porque agora nosso amor cresceu, deu uma amadurecida, o suficiente pra entender (ou não) que é sempre bom (ounão) lidar com vilões. Toda história bonita tem algo pra atrapalhar, mas não necessariamente ganhar. Pode a boniteza não poder fazer o que quer, mas sabe que sabe o que vem, sente, deseja, e no fundo, sorri. Veio um imprevisto já sabido, meio adiantado e um pouco atrasado (obrigada greve). Do lado de fora já sabia que iria acontecer, mas impermeabilizei, deixei-me esquecer e me levei pelos seus braços de abraços. Doeu, dói e vai doer, mas que dores da vida vida não valem por uma felicidade tão intrínseca. Felicidade de dor de ver-te indo pra lá, pr'onde a brisa do mar é forte, de sol mais amarelo, mar, areia, pão de açúcar, calçadão e bicicletas ( talvez estas não façam tanta diferença assim). Indo pr'uma felicidade nova de vida (difícil), tão longe dos cuidados. Podem estes, meus, não serem muitos, gritantes, mas mais que são. Cuidar do que se gosta e se quer, cuidando devagarinho, no quietinho, oferecendo calor de colo e corpo quando precisa (e quando não também). O que me passa é que esse cuidar tu não vais levar embora. Vai mudar, estranhar, fazer birra e cara feia, mas não há o que consiga o tirar.E no meio dessas lágrimas nos resta a (nossa) felicidade tamanha. Felicidade de poder te guardar (ou deixar como está) com um carinho bom de lembranças melhores. Felicidade de passar dias, de passar noites, de sorrir chorando e chorar rindo. Felicidade de não existir palavras pra explicar o sentir, os todos tipos do verbo. Sentir-te, sentir amor, nós, frio e calor, o tempo passando e chegando.Afinal, o que é o amor? Intimidade? Talvez hoje eu pense diferente. Amor não é palavra, não é  ação, não é pensamento. Amor posso eu falar que é você, e tudo que nos foi e nos está sendo possível viver nesse tempo indeterminado terminável.

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